Que colaborador afastado por motivo de doença custa caro para a empresa, isso todo mundo sabe. É o chamado absenteísmo, termo que ilustra um recorrente e antigo problema, reconhecido e temido pelos gestores de RH e finanças. O afastamento recorrente compromete a produtividade e a entrega dos serviços, gerando prejuízos financeiro, de tempo, energia e qualidade. 

Além de interferir no planejamento, o afastamento por motivo de saúde, que normalmente se transforma num período longo, sobrecarrega quem permanece em atividade regular na organização, gerando problemas nas equipes. Mesmo quando um colaborador se ausenta por um período curto de tempo, ele compromete os processos de produção. Se isso vira uma prática, o problema se instala.

Se estivermos falando de indústria e linha de produção, a cena é ainda pior. Porque é como se a engrenagem parasse de funcionar. 

Mas, você realmente já calculou quanto cada funcionário doente custa para a sua empresa? Já avaliou os diferentes setores e descobriu se o problema se concentra em algum departamento específico? Realiza alguma ação preventiva para coibir isso? 

Se houver um problema, é importante que seja feito um mapeamento antes que seja tarde e a sua empresa também adoeça. Em cima desta análise é possível identificar anormalidades e tomar aquela que é uma das decisões mais importantes para um colaborador e também para uma empresa: escolher o benefício certo de saúde para agir preventivamente.

Não é fácil manter um colaborador doente afastado e ainda contratar um novo, treinar, arcar com auxílio doença. Claro que ninguém quer também alguém doente trabalhando. O que se quer é ver todos felizes, trabalhando no horário combinado e produzindo, certo?

Apesar dessa realidade bastante conhecida, muitos gestores ainda não entenderam que a falta de investimentos em ações preventivas, voltadas para o bem-estar e saúde dos seus colaboradores, custam bem mais caro para a empresa caso eles adoeçam e tenha que se afastar.

R$ 6 bilhões é gasto por ano com afastamento do trabalho

Quer os números? Só para o SUS (Sistema Único de Saúde), o afastamento do trabalho custa mais de R$ 6 bilhões por ano. Isso envolve o pagamento de auxílios para acidentes ou doenças ocupacionais. E esse número não inclui os gastos com aposentadorias precoces. 

Nos últimos seis anos, mais de 520 mil brasileiros foram afastados por auxílio doença, segundo o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) feita entre 2012 e 2018. O estudo indicou gastos de mais de R$ 26 bilhões em benefícios nesse período, o que representa cerca de 40 mil dias de trabalho produtivo perdidos por problemas de saúde. 

Esta pesquisa da previdência indicou que as dores de coluna lideram a lista de motivos para afastamento e pagamento de auxílio doença, sendo a terceira causa de aposentadoria por invalidez. Claro que um problema como este impacta diretamente na saúde e bem-estar do colaborador, mas afeta também o orçamento das empresas e das operadoras de saúde. 

E quem paga esses custos? 

Toda a sociedade, especialmente os empresários, que arcam com os custos dos acidentes e lesões no ambiente de trabalho, pois perdem seus funcionários, e ainda pagam altos impostos para o governo manter um sistema que não funciona, porque não atende a demanda de saúde da população.

Custear parte do auxílio-doença onera empresas

Desde 2015, as empresas passaram a custear os 30 primeiros dias de afastamento do empregado e, após este período, o INSS assume a responsabilidade e passa a pagar o auxílio-doença. Nesse quadro, além da perda do colaborador, a empresa ainda tem que investir na contratação de outro profissional para garantir a produtividade naquela área. 

Soma-se a esta despesa o treinamento para que o novo profissional possa executar bem as novas funções e ser inserido adequadamente na cultura da empresa, o que pode levar de meses a um ano até que o colaborador esteja seguro para exercer as atividades com autonomia. 

Claro que isso varia de acordo com a complexidade das tarefas, áreas e segmento, mas esta estimativa considera prazos médios. As normas de cada categoria devem ser respeitadas, então há todo um processo a ser seguido, que torna, muitas vezes, tudo ainda mais moroso.

Entre os principais problemas constatados em uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) para justificar os afastamentos por motivo de saúde foram excesso de serviço, relacionamento ruim e sensação de muito trabalho para pouca recompensa, seja financeira ou pessoal. Algo que a empresa pode compensar também oferecendo benefícios, como plano de saúde e odontológico.

Diante dos dados preocupantes, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de Araraquara disponibiliza, desde 2012, uma equipe de médicos, dentistas e psicólogos que fazem consultoria gratuita nas empresas para avaliar a saúde dos funcionários. 

O órgão entende que se as empresas reconhecerem que seus colaboradores são seu maior patrimônio, a produtividade e um crescimento contínuo podem ser garantidos. 

 

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