Apesar do número de brasileiros com plano de saúde ter aumentado, totalizando 47,4 milhões de beneficiários em dezembro de 2018, cerca de 70% da população ainda não têm plano de saúde e 56% acreditam que a saúde pública piorou nos últimos 12 meses, segundo estudos. O benefício está entre os mais valorizados pelos trabalhadores no país, o que pode ser considerado um bom negócio também para as empresas, visto que os custos com um funcionário afastado é de, no mínimo, 50% mais, para a folha de pagamento, fora os gastos do governo.

O afastamento por doença gera queda de produtividade, além de custos extras às empresas, com pagamento de auxílio, reposição da vaga, entre outros. Os motivos variam de acordo com o cargo, salário, tempo de afastamento e segmento. Mas, entre as principais causas para afastamento por mais de 15 dias do trabalho está a depressão, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

As lesões musculares, especialmente aquelas provocadas por movimentos repetitivos, e os transtornos mentais, que vão desde estresse pós-traumático até depressão, são também apontadas pela Previdência Social como os principais motivos de afastamento. 

Sabemos que essa é uma preocupação recorrente e que requer investimentos na prevenção por parte das empresas e governo. Mas saiba que, para incentivá-las, o governo tem cobrado das empresas os desembolsos feitos pela Previdência Social com trabalhadores vítimas de acidentes provocados por motivos considerados imprudência das companhias. 

Afastamento por doenças onera empresas e governo

Somente em 2017, foram 131.453 afastamentos por acidentes e 67.394 por doenças no Brasil, totalizando quase 200 mil afastamentos, segundo estudo feito em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Ibope.

A Previdência e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também têm intensificado a fiscalização e a punição das empresas que não se enquadram nas exigências de saúde ao trabalhador, gerando afastamentos constantes devido à saúde e acidentes de trabalho. As punições são multas ou reversão do ônus decorrente da concessão de benefícios ao empregador que deu causa ao dano, através de ações regressivas. 

Então pense, vale ou não a pena investir em prevenção antes que você caia numa armadilha dessas? Afinal, todos os fatores que geram afastamento por doença podem ser trabalhados preventivamente por parte da sua empresa. Começando por oferecer plano de saúde adequado e um ambiente saudável e equilibrado.

Para você, que gosta do preto no branco e sabe que os números não mentem, deve também saber que se essa relação saúde e produtividade não funcionar bem, a conta não fecha nos negócios. Se ainda assim, não está convencido de que este é o melhor investimento para a sua empresa, confira mais dados.

Plano de saúde empresarial é alternativa para prevenção

Nossa Previdência Social gasta R$ 1 a cada 7 minutos com despesas de acidentes de trabalho, segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho. Foi pago R$ 26,2 bi somente com benefícios acidentários (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente) de 2012 e 2017. No mesmo período, foram 40.186.713 de dias de trabalho perdidos. 

Estamos falando de milhões de dias de problemas para colaboradores, empresas e governo!

No outro estudo que citamos, do SPC e CNDL, aponta que 70% dos brasileiros não têm plano de saúde particular. Destes, 60% nunca teve esse tipo de serviço. Dos que tiveram, 32% o perderam devido ao desligamento da empresa que oferecia o benefício. Na falta do benefício, 45% das pessoas recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS) quando precisa de atendimento médico. 

Em dezembro de 2017, 47 milhões de pessoas tinham acesso ao plano de saúde. Apesar deste número ter diminuído de 2014 para cá, é inegável o fato de que a preocupação com o bem-estar particular tem um grande mercado no país, graças aos planos de saúde oferecidos pelas empresas. 

O plano empresarial é o mais comum no Brasil, sendo 13% entre os 1500 entrevistados. Ele representa grande vantagem por terem valores mais acessíveis, sendo negociados coletivamente. Mesmo que o colaborador arque com parte dos custos em determinados serviços, ainda assim é uma tranquilidade e segurança saber que sua saúde e de sua família estão resguardadas. Além de gerar a sensação de que a empresa se preocupa com seu bem-estar. 

Em contrapartida, muitas empresas conseguem usar esse benefício para manter uma alta taxa de retenção de seus colaboradores. Sem ele, muitos não conseguiriam pagar.  

A verdade é que manter um plano de saúde coletivo corporativo adequado e eficiente oferece vantagens para os dois lados. Para o trabalhador, porque envolve bem-estar, tranquilidade, segurança e motivação. Para a empresa, porque gera maior produtividade e redução no número de afastamentos e das taxas de turnover. 

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Esperamos que você tenha entendido e se convencido, afinal, a prevenção é sempre o melhor remédio, para a saúde das pessoas e também das empresas. 

 

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